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Tem uma parte de um dos melhores filmes de todos os tempos, na minha opinião – Gladiador, que o General Maximus interpretado por Russel Crowe, se prepara para atacar os germânicos no campo de batalha a cavalo, por trás da tropa inimiga. Antes de dar a ordem para avançar ele diz: “Brothers, what we do in life ecoes in eternity”, cuja tradução seria assim: “irmãos, o que fazemos na vida ecoa na eternidade”. Essa frase sempre me fez ficar muito pensativo. O que eu ou você, simples mortais, poderíamos fazer para ecoar na eternidade?
Planejamento Sucessório
Nos dias de hoje seria mais coerente pensar que o que eu construo na vida, meus bens, meus ativos, meu patrimônio poderá, de alguma forma, impactar meus filhos, netos, bisnetos e, sabe-se lá até quando? Não é bem isso o que penso (explico mais abaixo). Mas falando estritamente em bens materiais, sim, aqui é de onde surge a necessidade que é um dos seis pilares do planejamento financeiro, o planejamento sucessório. Essa área cuida dos “impactos no patrimônio em caso de morte de um dos cônjuges e o que pode ser planejado em vida para atender seus desejos de distribuição desse patrimônio dentro do limite da lei brasileira”.
Poucas pessoas se dão ao trabalho de pensar ou tratar de planejamento sucessório, talvez seja até uma questão cultural do brasileiro, e sim, reconheço que é pesado falar disso e lembrar que “a única certeza que temos nessa vida é que vamos morrer um dia”. Porém, é no Planejamento Sucessório onde tratamos do que queremos que aconteça com o nosso patrimônio para aqueles que ficam, nosso cônjuge e filhos, principalmente.
A importância do planejamento sucessório reside em que estamos agindo hoje, em vida, para ter a certeza de que a lei estará do lado deles quando chegar a nossa hora. Não só auxilia na divisão dos bens, mas pode trazer uma certa tranquilidade e serenidade no momento em que todos estarão estressados e tristes, onde as rusgas e conflitos adormecidos podem aflorar. Basta lembrar de alguns casos conhecidos de famosos cujos familiares brigam até hoje pelo que não foi bem definido em vida (Gugu Liberato é um exemplo mais recente que lembro).
Ademais, a depender do tamanho do patrimônio, um bom planejamento sucessório pode ajudar na redução de custos e impostos além de auxiliar na melhor estratégia para o momento onde uma certa liquidez de caixa seja necessária podendo se fazer uso de previdência privada ou seguro de vida, no caso desse último, sem cobrança de imposto de renda.
O testamento é o instrumento utilizado para se fazer a vontade de quem parte, ele pode ser público, quando há a formalização perante um tabelião e testemunhas, ou particular, feito pela própria pessoa. Embora seja um processo de difícil decisão, já que ninguém gosta de tratar disso, o ideal é procurar a ajuda de um profissional (advogado) preparado para esse processo. É possível, ainda, optar por fazer a doação em vida, quando se destina parte dos bens reduzindo o patrimônio e a complexidade do processo de sucessão patrimonial.
O maior legado
O que eu penso e que mencionei no segundo parágrafo é outro tipo de legado, o legado de valores e princípios morais, não financeiros, que deveríamos deixar para os nossos filhos. Aqueles da verdade, respeito, transparência e honestidade. Na minha visão, entretanto, o maior legado que podemos deixar para nossos filhos é amar a mãe/pai deles! Quantos lares são desfeitos, relações conturbadas que afetam o crescimento, comportamento e a vida dos filhos, quando não há amor e respeito dentro de casa? Imaginem se nossos jovens pudessem crescer em ambientes de harmonia, respeito e amor, quão melhor esse mundo seria?
Sou pai de 3 filhos, coincidentemente hoje é aniversário do mais velho, 22 anos de paternidade. Uma coisa posso afirmar, não é o que você, mãe/pai fala que conta, é o que você faz no dia a dia que “ecoa na eternidade”.
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Dúvidas ou sugestões? Gostaria de sugerir algum assunto? Por favor, escreva para contato@euqueroprosperar.com.br
Um abraço!
Henrique Cintra Ribeiro, CFP®